Por Patrícia Carvalho*
Desde a Revolução Científica passando pela Revolução Industrial, da Informação e agora do Conhecimento, grandes foram as transformações sócio-econômicas e ético-culturais que afetaram profundamente a existência humana gerando paradigmas e crises de padrões.
Com as mudanças ocorridas, também mudou o conceito de trabalho ao longo do tempo de acordo com o contexto histórico e social. No final do século XX a interdependência entre sociedade e organizações fortaleceu-se, pois as empresas ampliaram seu papel na vida das pessoas e da sociedade como todo.
A cada mudança o indivíduo depara-se com uma nova realidade, a qual é necessária adaptar-se e, o trabalho em cada momento, assume um significado diferente, mas não deixa de ser a busca por atender às suas necessidades, atingir seus objetivos e realizar-se plenamente.
Nas sociedades antigas o trabalho estava ligado às necessidades básicas e algo que não valorizava nem a tarefa nem o indivíduo. Depois o trabalho passou a ser percebido como o esforço físico ou intelectual direcionado para algum fim.
A valorização extrema do trabalho ocorreu na era industrial, quando libertou e deu possibilidade ao homem de transformar a natureza, as coisas e a sociedade passando então, a ter significados diferentes para as empresas, que o entendiam como importante para a manutenção do sistema produtivo; para os trabalhadores, como elemento constitutivo e fundamental de sua personalidade e para a sociedade, como integrador social.
Na sociedade moderna o trabalho foi compreendido como o esforço coletivo, em que toda humanidade deveria participar.
Atualmente, com a globalização da economia, o trabalho continua a ser a atividade central que estrutura a vida dos indivíduos e da sociedade em geral, mas surgem vários significados não para o trabalho, mas para os trabalhadores, que deixaram de ser empregados e passaram a ser considerados como parceiros, colaboradores, recursos humanos, capitais humanos, talentos humanos etc., mas não se pode perder de vista que o significado do trabalho, o sentido que ele tem para quem o realiza é o que possibilita à organização alcançar eficácia, mantendo-se competitiva.
Alguns fatores devem ser considerados importantes na produção de sentido para o trabalho realizado, como por exemplo: autonomia, reconhecimento, possibilidade de desenvolvimento e crescimento, sentimento de pertencer ao grupo, gerar satisfação e realização, afirmação de identidade por meio das atribuições individuais e o trabalho precisa gerar um impacto positivo não apenas para quem o realiza, mas para a sociedade no geral.
E aí? Que sentido tem o trabalho que as pessoas realizam na sua empresa?
Pense nisso.
Um Abraço.
*Patrícia Carvalho - Publicitária, economista, psicóloga organizacional pós-graduada com MBA em Gestão de Pessoas e mestranda em Psicologia Social (PUC-SP). Palestrante, consultora, há 15 anos pesquisa e desenvolve projetos nas áreas de desenvolvimento humano e organizacional. Coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Programa Aplicado de Estudos da Personalidade – PAEP e Projeto de Apoio Psicossocial e Vocacional – PAP.
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