quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trabalho: por necessidade ou por interesse?


Por Patrícia Carvalho*

É cada vez mais freqüente a preocupação das empresas em motivar seus colaboradores, manter o entusiasmo das equipes e não deixar o desânimo fazer parte do clima organizacional, cabendo ao RH oferecer treinamentos, apostar em palestras, organizar workshops, enfim, esforçar-se para cumprir seu papel de manter as pessoas comprometidas com a empresa e com as atividades que realizam.

Sabe-se também que a motivação é intrínseca ao ser humano e esse movimento para a ação ocorre por necessidade ou interesse, cabendo a empresa oferecer estímulos para que seus colaboradores encontrem razões suficientemente boas para que façam, ou continuem fazendo algo, ou seja, produzir sempre!

Mas... Quais são as razões suficientemente boas que impulsionam as pessoas à ação?

Essas razões são pessoais. São estímulos que despertam interesse pessoal por agregarem algo positivo às pessoas, satisfazendo seus anseios e desejos e não apenas às suas necessidades.

Pessoas motivadas por necessidades não serão totalmente envolvidas com o trabalho, pois não terão todas as suas necessidades satisfeitas considerando, inclusive, que novas necessidades surgem a cada dia, resultando, portanto, em cansaço, desânimo e num trabalho mecânico sem criatividade e inovação. Por outro lado pessoas motivadas por interesse criarão vínculos cada vez mais fortes, comprometimento e o desejo de permanecerem na empresa, porque é nela que encontrarão condição de satisfazer suas necessidades, além dos sentimentos de importância, crescimento, realização e prazer.

Fica então a pergunta: Como podemos esperar colaboradores motivados se desconhecemos seus interesses e nos preocupamos apenas com o que consideramos suas necessidades?

Até mais.

Um Abraço.

* Patrícia Carvalho - Publicitária, economista, psicóloga organizacional pós-graduada com MBA em Gestão de Pessoas e mestranda em Psicologia Social (PUC-SP). Palestrante, consultora, há 15 anos pesquisa e desenvolve projetos nas áreas de desenvolvimento humano e organizacional. Coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Programa Aplicado de Estudos da Personalidade – PAEP e Projeto de Apoio Psicossocial e Vocacional – PAP.

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